As preocupações quanto aos impactos econômicos do coronavírus têm escalado aceleradamente. Apesar de até pouco tempo os desassossegos terem vindo do cenário global, no Brasil, a situação já se alarmou.
A diminuição da circulação de pessoas, já é sentida pelo varejo. Ao longo dessa semana, o fluxo em shopping centers do país caiu em torno de 25%, segundo informações preliminares obtidas pela EXAME.
Mais de 80% dos pequenos e médios lojistas de shoppings podem quebrar com o fechamento das portas se não forem adotadas medidas que compensem as perdas nas vendas.
Com o fechamento dos shoppings, fechou-se também o “registro da água”. Nada mais entra. O pouco dinheiro que o lojista possui em caixa será utilizado para pagar os funcionários. Será extremamente complicado pagar o aluguel, as dívidas e os impostos.
Associações afirmam que o comércio eletrônico não é capaz de compensar as perdas, pois grande parte da receita das empresas depende das lojas físicas.
Com o fechamento total, os shoppings terão problemas para receber o aluguel até mesmo de grandes varejistas. Isso porque uma parte do aluguel pago pelas lojas chamadas de âncoras, como as lojas de departamento ou cadeias de fast food, costuma ser calculado a partir de um percentual das vendas. Se não há vendas, não há o pagamento desse aluguel.
Alguns economistas comparam a situação atual com a da última grande crise econômica global, que aconteceu em 2008. No entanto, naquele momento, a causa era puramente econômica. Aquela situação estava na mão dos economistas, prioritariamente. E agora?
Vamos observar e efetuar ações para que tudo se resolva da melhor forma possível.